WASHINGTON (DJ Bolsa)– Os empregadores dos EUA aceleraram o ritmo de contratações em janeiro e mais norte-americanos aderiram à força de trabalho, sugerindo que o mercado laboral tem ainda margem para crescer depois de anos de expansão.
Os empregos não-agrícolas aumentaram 227.000 em termos ajustados às variações sazonais em janeiro, o maior ganho desde setembro, disse o Departamento do Trabalho, esta sexta-feira.
Ao mesmo tempo, um aumento da percentagem de norte-americanos que estão a trabalhar ou a procurar emprego fez com que a taxa de desemprego subisse para 4,8% face a 4,7% no mês anterior, embora continue relativamente baixa. O desenvolvimento sugere que a expansão gradual do mercado de trabalho poderá ter encorajado alguns trabalhadores a regressar ao mercado laboral.
Os economistas sondados pelo The Wall Street Journal previam um acréscimo de 174.000 empregos e uma taxa de desemprego de 4,7% em janeiro.
O relatório indica que o mercado de trabalho continua com ímpeto no início de 2017. A economia acrescentou uma média mensal de 187.000 empregos em 2016, prolongando uma série histórica de crescimento do emprego desde a recessão. Nos últimos três meses, o crescimento médio foi de 183.000 empregos.
Mas o relatório também deu sinais de que o mercado de trabalho poderá não estar tão restrito como se pensava e ainda não se encontra em velocidade máxima.
Os salários dos trabalhadores, por exemplo, subiram apenas moderadamente depois de sinais de recuperação no ano passado. A média de salário por hora subiu $0,03, ou 0,12%, face a dezembro, abaixo dos 0,3% esperados pelos economistas. Os salários cresceram 2,5% nos 12 meses até janeiro, um ganho moderado.
Entretanto, o número de norte-americanos com emprego ou ativamente à procura de trabalho – a taxa de participação — subiu para 62,9% em janeiro face aos 62,7% em dezembro, mas continua no nível mais baixo desde a década de 1970.
– Por Josh Mitchell (joshua.mitchell@wsj.com), Ben Leubsdorf (ben.leubsdorf@wsj.com)