Fiat: Investigadores encontram divergências nos testes de emissões

0

(DJ Bolsa)– Um grupo de investigadores da Universidade da Virginia Ocidental concluiu que os veículos da Fiat Chrysler Automobiles NV com motores a diesel apresentaram emissões significativamente diferentes em testes e na estrada, o que se assemelha às conclusões alcançadas em relação aos carros da Volkswagen AG.

As carrinhas pickup Ram como motores a diesel produziram em estrada emissões de óxido nitrogénio 25 vezes superiores ao permitido nos EUA, ao passo que os utilitários desportivos Jeep Grand Cherokee registaram emissões oito vezes superiores ao limite, de acordo com um relatório dos investigadores a que o The Wall Street Journal teve acesso. Estes resultados referem-se aos modelos de 2015. Já os modelos de 2014 registaram emissões em estrada “significativamente superiores” ao que se verificava nos testes em laboratório, segundo o mesmo relatório.

O relatório de 74 páginas, que deve ser divulgado nas próximas semanas, testou cinco modelos de 2014 e 2015 e concluiu que há discrepâncias significativas entre o desempenho em estrada e nos laboratórios, apesar de a Fiat Chrysler ter tentado lidar com o excesso de poluição no ano passado. A fabricante recolheu no ano passado modelos de 2014 para tentar solucionar o problema. O relatório não conclui que a Fiat Chrysler tenha usado software ilegal para enganar os reguladores.

Contudo, aumenta a pressão sobre a empresa, uma vez que em maio o Departamento de Justiça dos EUA acusou a Fiat Chrysler de usar este tipo de software em cerca de 104.000 carrinhas pickup Ram e Jeep Grand Cherokee fabricados entre 2014 e 2016. A Fiat Chrysler negou estas acusações.

A empresa também refutou os resultados do relatório da universidade, alertando para fatores nos testes de estrada que, alegadamente, condicionam os resultados. A Fiat Chrysler disse que os investigadores realizaram testes em estrada com velocidades superiores em média 50% aos testes dos reguladores e com mais peso nos carros.

-Por Mike Spector (mike.spector@wsj.com)

Partilhar

A seção de comentários está encerrada.