LISBOA (DJ Bolsa/Webtexto)– Portugal continua a apresentar desequilíbrios macroeconómicos excessivos, que devem motivar uma intervenção “decisiva” por parte do governo, disse a Comissão Europeia esta sexta-feira.
No relatório da sétima avaliação pós-programa de assistência financeira, Bruxelas pede ao executivo de António Costa que continue a implementar as reformas estruturais, consideradas “essenciais para melhorar a resiliência da economia aos choques e às perspetivas de crescimento”.
O braço executivo da UE reconheceu que o país tem feito “progressos significativos”, destacando a forte recuperação do investimento e das exportações em 2017, mas diz que este item ainda está bem abaixo da média de longo prazo na contribuição para o crescimento.
A melhoria da receita pública e queda da despesa com juros devem permitir a redução do deficit orçamental, diz Bruxelas, que acredita que o valor tenha baixado para 1,4% do PIB em 2017.
No entanto, o tom de cautela mantém-se, com a Comissão Europeia a alertar que o ajuste estrutural em 2017 e 2018 corre o risco de “desvio significativo do recomendado”, reforçando por isso a importância da consolidação orçamental.
Estas conclusões da comissão vão ser analisadas na reunião do Eurogrupo na segunda-feira, a primeira com Mário Centeno na liderança do organismo.
– Por Gonçalo Saraiva Amaro (goncalo.amaro@webtexto.pt)