WSJ: Subida dos juros Fed em junho é certa; passo seguinte divide economistas

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(DJ Bolsa)– Os economistas são praticamente unânimes em considerar que a Reserva Federal dos EUA vai aumentar as taxas de juro de curto prazo na próxima semana, mas estão divididos sobre quando é que o banco central vai aumentar as taxas de juro depois disso.

A percentagem dos economistas que espera que a Fed aumente as taxas no final da reunião de dois dias que termina na quarta-feira aumentou para 93,2% segundo a sondagem mais recente do The Wall Street Journal. Este valor compara com 88,1% há um mês.

Mais de metade dos economistas consultados pelo Journal, 54,2%, esperam que a Fed aumente os juros pela terceira vez na reunião de 19-20 de setembro. Cerca de um terço dos economistas, 33,9%, espera que o terceiro aumento da Fed aconteça em dezembro.

Em março, os responsáveis da Fed aumentaram as taxas de referência um quarto de ponto percentual para um intervalo entre 0,75% e 1% e deixaram antever mais dois aumentos de um quarto de ponto este ano.

A Fed está a avaliar uma série de fatores na frente da política monetária, salientam os economistas na sondagem. Um desses fatores é a incerteza relacionada com o cenário político para o corte de impostos e da despesa governamental, que pode estimular a economia se for aplicado. Outro fator prende-se com os sinais económicos mistos. Enquanto o mercado de trabalho mostra estar forte, a inflação recuou recentemente, situando-se abaixo do alvo de 2% da Fed depois de ter tocado brevemente este nível este ano.

“O período entre junho e dezembro deverá ser usado para avaliar os dados mais as políticas e os riscos de mercado”, diz Derek Holt, do Scotiabank.

Os economistas consultados também expressaram pontos de vista diferentes sobre quando é que a Fed começará a reduzir os seus ativos no valor de $4,5 biliões. Na última sondagem, 42,1% dos inquiridos esperavam que os responsáveis começassem a reduzir a carteira em dezembro, enquanto 24,6% prevê que o processo comece em setembro.

O Journal entrevistou 60 economistas entre 2 e 6 de junho, mas nem todos responderam a todas as questões.

– Por Harriet Torry (harriet.torry@wsj.com)

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